Intermitências da dor (II)

talvez se deva ao frio. ao gelo a apatia ou vontade de nada quando tudo parece girar algures. não é de ausências que se trata, mas sim de ambiguidades. de sentidos desvinculados à coerência da palavra dita ou ouvida, do silêncio que às vezes fala. ou da atitude revelada. A subjectividade estimulada pelo gelo que derrete intermitente, (como quem estranha o trajecto), em lágrimas dia após dia. amplificando um xadrez de desenhos sentidos pela razão gasta. a razão gasta por ocupar espaços e tempos que não lhe pertencem.

ninguém disse. nós é que pensamos. 
e pensamos até à exaustão fugidia e trémula. Como a criança a criar a cor das histórias que inventa enquanto escapa ao mundo que não a entende e ao qual não compreende. só que em tons de cinzento. (mais ao jeito de quem se esconde)

fevereiro 15, 2010
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just breathe.

daí este e os próximos parêntesis. 
enquanto arrumo a casa, a poucos dias do regresso. 

'as I come clean...'

 CS

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