ou o céu, ou o mar. desde que isso permita que sejamos maiores do que aquilo que sentimos, quando o gelo é ainda escorregadio. (ou não fosse ele sempre escorregadio)
pois, entre metáforas e imagens e outros recursos que aqui registo (inúteis talvez, enquanto servindo apenas a mão livre de quem escreve e assim respira), não está apenas a convicção plena de que raramente a vida é como queremos que seja. está também presente uma consciência bem sólida e sujeita à experiência da lima, de que somos infinitamente responsáveis pela liberdade que nos integra.
livres para ver e valorizar, no outro como em nós, as pequenas conquistas, as pequenas vitórias, os pequenos nadas, como diria alguém.
livres para saber olhar e ver a nossa história e percurso únicos, destituídos de comparações inúteis e vazias para com aqueles que intersectam as nossas mágoas. ver no outro (apenas) o que nos falta, é uma estratégia de sofrimento pouco feliz.
livres para admitir que erramos porque sim ou porque não o voltaremos a fazer. para aceitar as imperfeições, os buracos negros, os dias atirados ao vento que vai e volta, a lembrar a cinza que não se apaga.
livres, não obstante as ideias pré-concebidas, o saber de (não) experiência feito ou as fórmulas ditadas ao tempo, livres, para com tudo isso conhecer quem somos (não o sabendo, no entanto) e assumir uma atitude optimista perante as histórias e a vida que serão o tempo depois de amanhã.
livres, para ouvir o céu e nele ler a esperança.
o sol para acreditar que as nuvens são passagem e a chuva a catarse da alma que sabe que o frio sempre finda.
o mar para escutar a horizontalidade dos sonhos concretos e possíveis.
enfim, livres para sermos felizes.
enfim, livres para sermos felizes.
ou não fosse (apenas) isso, o combustível que tanto alimenta as lágrimas pela ausência, como um sorriso aberto e cheio de luz,
quando acordamos para ver o sol nascer
quando acordamos para ver o sol nascer
neste dia que cresce connosco.
imagem:http://caracascudo.files.wordpress.com/2008/01/nascer-do-sol-pico.jpg
imagem:http://caracascudo.files.wordpress.com/2008/01/nascer-do-sol-pico.jpg
so beautiful! :)
ResponderEliminarescolhes sempre grande fotos!
esta representa mesmo bem o meu dia: renascer do cansaço, recuperar energias!
era essa a ideia?
sim, e também porque ilustra bem o que vejo desta janela (e não, não é a da biblioteca;))
ResponderEliminarobrigada.
as palavras de um dia de sol têm muito mais piada quando ouvidas:)
"Desço às palavras como o veado às fontes"! Desculpa a "invasão". Gostei de te ler. Abraço! Jorge Rht
ResponderEliminarobrigada.
ResponderEliminarsem desculpas, gostei de saber que passou por cá :)e um abraço!