Absurdos Sentidos

A vida é tão rara,
entre avanços e recuos, tempos e contra-tempos, em contra-relógio em direcção ao rumo que se sente perdido à priori. Procurar em vão o que queremos, que se revela ser aquilo que a vida não quer. nem pode explicar. nem queremos entender. Dar. ainda que o façamos sem passar factura para que a memória não atraiçoe o que se recebe.
Sem saber, a procurar não deixar de querer não saber. porque às vezes cansa tocar o limite do que é certo, fazer tudo certo, e ver que afinal o rosto e a alma agarrados ao peito jazem isquémicos e vazios. 
Por isso respiro mais fundo, pelo abdómen - respiração completa - para expirar das lágrimas e das mágoas e ficar apenas com o que pode ficar. com o que quero revisitar amanhã quando acordar deste sono de absurdos que sinto, sem sentido. que não consigo crer nem entender.


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