Simpatizo pouco com aqueles que se debatem pela apologia do sofrimento e menos ainda com os clichés que usam para defender Deus num pseudo-julgamento que ainda ninguém inventou. Já aqui o disse.
No entanto, é inevitável que a vida nos magoe. Como inevitável é por vezes a raiva que corrói a alma e ajuda a apertar o coração de forma circular e absurda. Porque não nos faz bem, nem faz bem àqueles que intersectamos.
Faz-se o luto pela fé que morreu, enterra-se a mágoa e espera-se pela manhã. Para ver o sol nascer com a esperança.
Como quem dá um mergulho sem olhar para trás, um salto no ar só para ver de que se é capaz. Nunca se tem muito a perder.
Tantas coisas por fazer, tantas por inventar.
Mais uma vez*. Levanto-me para ver de que cor é o céu quando está azul límpido. Sem nuvens.
E apenas isso é para já o bastante para ver a noite cair, com um sorriso esboçado no rosto.
(*um mergulho no mar, Xutos & Pontapés)
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