Estes dias frios mas solarengos de um inverno que ainda não chegou ao calendário trazem-me por vezes, (estas vezes), um aconchego diferente. Mais quente, mais perto. Como um frémito audível quando o coração sopra de uma lágrima perdida, na circulação da vida e das histórias.
Tempos contados pelo relógio das pressas, dos ritmos de uma época de exames que se aproxima, de um projecto promissor mas incerto, de ideias e dúvidas, emoções e sentimentos que hipertrofiam o coração, ainda que as tensões se diluam serenas, pelos dias e noites, sentidos, partilhados.
Não é nostalgia, ou simples filosofia gasta, circular, inútil, que cabe sempre nas palavras.
São palavras sim. mas palavras carregadas de um silêncio feliz. Audível quando, entre sopros e frémitos, as válvulas se fecham à circulação das lágrimas deprimidas. Dissolvendo o sal com os sorrisos a imitar os sons de quem ri.
destes dias.
imagem:https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSDcmY0Koj22XSBBwdtb32ey3bZ2fOyBKio7RmOVaOUwCcBcfr5FC8YCpwKGmzuSs-QuOPpAC3fKKB33G25cRq6ZGg61Qsg8220aFnyR42Xzs4081kNLJcScjmbdxVCAxg1dWPND1w_21X/s1600-h/1591003.jpg
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